terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Governo trava cortes nos salários dos gestores públicos

por EVA CABRAL E HUGO FILIPE COELHO

O ministro das Finanças disse não às propostas de CDS, BE e PS. Em causa também o fim de cartões e tecto para comprar carros.

Teixeira dos Santos fechou ontem a porta a alterações de fundo na política de remunerações dos gestores públicos. "É necessário serenidade e pragmatismo em matéria de estatuto remuneratório," afirmou o ministro das Finanças na interpelação parlamentar do CDS sobre o Sector Empresarial do Estado (SEE).
O ministro lembrou que o Executivo de José Sócrates quando chegou ao poder encontrou o SEE totalmente desorganizado nesta matéria e acrescentou que foi "já este Executivo que em 2007 avançou com um novo Estatuto Remuneratório do Gestor Público".
Teixeira dos Santos defendeu ainda que, em matéria de política salarial, é necessário "levar sempre em linha de conta a dimensão da empresa e a sua exposição ao mercado, bem como os objectivos traçados pela tutela".
As palavras, a fechar o debate, deixaram clara a oposição do Governo aos projectos do CDS e do Bloco de Esquerda e foram um recado para a bancada socialista que está a discutir uma proposta para nivelar os salários dos gestores pelos do primeiro-ministro e acabar com os cartões de crédito nas empresas do Estado.
O projecto de resolução esteve na agenda da Comissão de Finanças de quarta-feira, mas foi adiado uma semana a pedido da direcção da bancada do PS. A decisão foi tomada depois do parecer negativo das Finanças.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1768607


 

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