segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A Secretária de Sócrates

PAIXÕES DIFERENTES

A Secretária de Sócrates era apaixonada por ele, mas ele não percebia.

Um dia, depois do expediente, ela entrou na sala com um vestido provocante e bem decotado.
Fechou a porta atrás de si, caminhou languidamente até à mesa com ares de 'atacar' e propôs:

- Sr. Primeiro Ministro, vamos fazer uma 'maldade' ?

- Vamos ! Onde é que eu assino ?


Autor desconhecido.
"Este anúncio foi publicado num famoso site de procura e oferta de trabalho nacional. Um jovem recém-licenciado na área leu-o e achou que devia responder à letra!A Revista Visão de 16 de Julho publica um artigo sobre o jovem que deu esta resposta!

 A XXXXXXXXXX está a aceitar candidaturas para estágio na área de Design

Requisitos Académicos: Finalista ou recém-licenciada(o) em Design

Competências pessoais:

* Poder de comunicação;
* Iniciativa;
* Auto-motivação;
* Orientação para resultados;
* Capacidade de planeamento e organização;
* Criatividade
Competências técnicas:

Conhecimentos nos seguintes programas/linguagens:

® Adobe Photoshop,
® InDesign,
® Illustrator (FreeHand e Corel Draw) Flash,
® Dreamweaver,
® Premiere,
® AfterEffects,
® SoundBooth,
® SoundForge,
® AutoCad,
® 3D StudioMax
® HTML (basic),
® ActionScript 2.0 (basic),
® CSS,
® XML.

Remuneração: Estágio Remunerado

Duração: 6 meses, com possibilidade de integração na equipa

 Portanto, e resumindo, esta empresa quer um recém-licenciado que saiba de origem 13 softwares e 4 linguagens de programação. Isto é o país em que vivemos.

Não me ficando atrás perante esta pérola, decidi responder no mesmo estilo. Eis o que lhes respondi:

Boa noite,

Estou a entrar em contacto para responder ao anúncio colocado no site Carga de Trabalhos para a posição de estagiário em Design.

Chamo-me André Sousa, tenho 25 anos e sou um recém-licenciado em Design de Equipamento (Fac. Belas Artes de Lisboa).

Sou extremamente comunicativo, transbordo iniciativa e auto-motivação, estou constantemente orientado para os objectivos como uma bússola para o Norte (magnético), sou mais planeado e organizado que o Secretário de Estado de Planeamento e Organização e sou um diamante da criatividade como já devem ter percebido e como vão poder comprovar nas próximas linhas.

Quanto aos conhecimentos técnicos:

Sou um mestre em Adobe Photoshop.

Conheço o InDesign por dentro e por fora.

O Illustrator, Freehand, Corel e o Flash são os meus brinquedos do dia a dia, faço o que quiser com eles.

Nem me ponham a falar do Dreamweaver, até de olhos fechados...

Premiere... Até sonho com ele!

AfterEffects tem um lugar especial no meu coração.

Faço umas coisas bem maradas com o SoundBooth e o SoundForge.

Com o Autocad e o 3d Studio Max até vos faço duvidar dos vossos próprios olhos.

Html, Action Script 2.0, CSS e XML são as linguagens do meu mundo.

Mas sejamos francos, qualquer estudante de 1º ano sabe de cor e salteado qualquer um destes 13 softwares e 4 linguagens de programação...

Eu sou um recém finalista. E como tal tenho muito mais para oferecer:

Tenho conhecimentos de Cinema 4D, Maya, Blender, Sketch Up e Paint ao nível de guru.

Tenho conhecimentos mega-avançados de C+, C, C++, C+ ou -, Java, JavaScript, Ruby on Rails, Ruby on Skates, MySQL, YourSQL, Everyone'sSQL, Action Script 3.0, Drama Script 3.0, Comedy Strip 3.0 e Strip Tease 2.5, Ajax, Vanish Oxi Action, Oracle, Sonasol, XHTML, Batman e VisualBasic.

Conheço o Office todo de trás pra frente assim como o Microsoft WC.

Domino o Flex ao nível do Bill Gates e mexo no Final Cut Pro melhor que o Steven Spielberg.

Tenho ainda conhecimentos de grande amplitude em 4 softwares que estão a ser desenvolvidos por grandes marcas e também de 3 outros softwares que ainda não foram inventados.

Falo 17 línguas, 5 das quais já estão mortas e 6 dialectos de povos indígenas por descobrir.

Com estes conhecimentos todos estou super interessado num estágio porque acho que ainda tenho muito para aprender e experiência para ganhar. Espero que ao fim de 6 meses tenha estofo suficiente para poder fazer parte da vossa equipa e quem sabe liderá-la.

Fico ansiosamente à espera de uma resposta vossa.

Embora tenha uma oportunidade de emprego na NASA e outra no CERN espero mesmo poder fazer parte da vossa equipa.

Cumprimentos,

A. S.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Crónica do Baptista-Bastos sobre as eleições

Peças do 'puzzle'

BAPTISTA-BASTOS

Mário Soares foi o vencedor das eleições. A astúcia e a imaginação do velho estadista permitiram que Fernando Nobre, metáfora de uma humanidade sem ressentimento, lhe servisse às maravilhas para ajustar contas. É a maior jogada política dos últimos tempos. Um pouco maquiavélica. Mas nasce da radical satisfação que Mário Soares tem de si mesmo, e de não gostar de levar desaforo para casa.

Removeu Alegre para os fojos e fez com que Cavaco deixasse de ser tema sem se transformar em problema.

O algarvio regressa a Belém empurrado pelos acasos da fortuna, pelos equívocos da época, pelo cansaço generalizado dos portugueses e pelos desentendimentos das esquerdas (tomando esta definição com todas as precauções recomendáveis). Vai, também, um pouco sacudido pelo que do seu carácter foi revelado.

Cavaco não possui o estofo de um Presidente, nem um estilo que o dissimulasse.

Foi o pior primeiro-ministro e o mais inepto Chefe do Estado da democracia. Baço, desajeitado, inculto sem cura, preconceituoso, assaltado por pequenas vinganças e latentes ódios, ele é o representante típico de um Portugal rançoso, supersticioso e ignorante, que tarda em deixar a indolência preguiçosa. Nada fez para ser o que tem sido. Já o escrevi, e repito: foi um incidente à espera de acontecer. Na galeria de presidentes com que, até agora, fomos presenteados, apenas encontro um seu equivalente: Américo Tomás. E, como este, perigoso. Pode praticar malfeitorias? Não duvido. Sobre ser portador daqueles adornos é uma criatura desprovida de convicções, de ideologia, de grandeza e de compaixão.

Recupero o lamento de Herculano: "Isto dá vontade de morrer!"

sábado, 29 de janeiro de 2011

É triste, mas é bom saber...

-Porque é que os madeirenses receberam 2 milhões de Euros da solidariedade nacional, quando o que foi doado era de 2 milhões e 880 mil?
Querem saber para onde foi esta "pequena" parcela de 880.000 € ?
POIS É....
EM PORTUGAL ATÉ A SOLIDARIEDADE DOS PORTUGUESESSERVE PARA FAZER NEGOCIATAS...

A campanha a favor das vítimas do temporal na Madeira através de chamadas telefónicas é um insulto à boa-fé da gente generosa e um assalto à mão-armada.
Pelas televisões a promoção reza assim: Preço da chamada 0,60 + IVA. São 0,72 no total. 
O que por má-fé não se diz é que o donativo que deverá chegar (?) ao beneficiário madeirense é de apenas 0,50.
Assim oferecemos 0,50 a quem carece,   mas cobram-nos 0,72,  mais 0,22 ou seja 30 %.
Quem fica com esta diferença?
1º - a PT com 0,10 (17 %) isto é a diferença dos 50 para os 60.
2º - o Estado 0,12 (20 %) referente ao IVA sobre 0,60.
Numa campanha de solidariedade, a aplicação de uma margem de lucro pela PT e da incidência do IVA pelo Estado são o retrato da baixa moral a que tudo isto chegou.

A RTP anunciou com imensa satisfação que o montante doado já atingiu os 2.000.000 de euros.
Esqueceu-se de dizer que os generosos pagaram mais 44 % ou seja mais 880.000 euros divididos entre a PT (400.000 para a ajuda dos salários dos administradores)  e o Estado (480.000 para ajuda ao reequilíbrio das contas públicas e aos trafulhas que por lá andam).

A PT cobra comissão de quase  20 % num acto de solidariedade!!!
O Estado faz incidir IVA sobre um produto da mais pura generosidade!!!

ISTO É UMA TOTAL FALTA DE VERGONHA!!!
ISTO É UM ASQUEROSO ESBULHO À BOLSA E AO ESPÍRITO DE SOLIDARIEDADE
DO POVO PORTUGUÊS!!!
NÃO COLABORE NESTAS CAMPANHAS, CASO NÃO SEJA ESCLARECIDO CABALMENTE QUE OS"DONATIVOS" ESTÃO ISENTOS DE IMPOSTOS E DE TAXAS OU COMISSÕES, BEM COMO NÃO CONTRIBUEM (SEM RETORNO SOLIDÁRIO) PARA O AUMENTO DOS NEGÓCIOS DOS GANANCIOSOS GESTORES...

Autor desconhecido.

Afinal não somos pobres...

Estava há dias a falar com um amigo meu nova-iorquino que conhece bem Portugal.

Dizia-lhe eu à boa maneira do "coitadinho" português:

Sabes, nós os portugueses, somos pobres ...

Esta foi a sua resposta:

Como podes tu dizer que sois pobres, quando sois capazes de pagar por
um litro de gasolina, mais do triplo do que pago eu?

Quando vos dais ao luxo de pagar tarifas de electricidade e de
telemóvel 80 % mais caras do que nos custam a nós nos EUA?

Como podes tu dizer que sois pobres quando pagais comissões bancárias por serviços e por cartoes de crédito ao triplo que nós pagamos nos EUA?

Ou quando podem pagar por um carro que a mim me custa 12.000 US Dólares (8.320 EUROS) e vocês pagam mais de 20.000 EUROS, pelo mesmo carro? Podem dar mais de 11.640 EUROS de presente ao vosso governo do que nós ao nosso.

Nós é que somos pobres: por exemplo em New York o Governo Estatal, tendo em conta a precária situação financeira dos seus habitantes cobra somente 2 % de IVA, mais 4% que é o imposto Federal, isto é 6%, nada comparado com os 20% dos ricos que vivem em Portugal. E contentes com estes 20%, pagais ainda impostos municipais.

Além disso, são vocês que têm "impostos de luxo" como são os impostos na gasolina e no gás, álcool, cigarros, cerveja, vinhos etc., que faz com que esses produtos cheguem em certos casos até 300 % do valor
original, e outros como imposto sobre a renda, impostos nos salários, impostos sobre automóveis novos, sobre bens pessoais, sobre bens das empresas, de circulação automóvel.

Um Banco privado vai à falência e vocês que não têm nada com isso pagam, outro, uma espécie de casino, o vosso Banco Privado quebra, e vocês protegem-no com o dinheiro que enviam para o Estado.

E vocês pagam ao vosso Governador do Banco de Portugal, um vencimento anual que é quase 3 vezes mais que o do Governador do Banco Federal dos EUA...

Um país que é capaz de cobrar o Imposto sobre Ganhos por adiantado e Bens pessoais mediante retenções, necessariamente tem de nadar na abundância, porque considera que os negócios da Nação e de todos os seus habitantes sempre terão ganhos apesar dos assaltos, do saque fiscal, da corrupção dos seus governantes e dos seus autarcas. Um país capaz de pagar salários irreais aos seus funcionários de estado e da iniciativa privada.

Os pobres somos nós, os que vivemos nos USA e que não pagamos impostos sobre a renda se ganhamos menos de 3.000 dólares ao mês por pessoa, isto é mais ou menos os vossos 2.080 €uros. Vocês podem pagar impostos do lixo, sobre o consumo da água, do gás e da electricidade. Aí pagam segurança privada nos Bancos, urbanizações, municipais, enquanto nós como somos pobres nos conformamos com a segurança pública.

Vocês enviam os filhos para colégios privados, enquanto nós aqui nos EUA as escolas públicas emprestam os livros aos nossos filhos prevendo que não os podemos comprar.


Vocês não são pobres, gastam é muito mal o vosso dinheiro.

Vocês, portugueses, ou são uns estúpidos ou uns mansos.




Autor desconhecido

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

TAP contraria ordem das Finanças e paga salários deste mês sem cortes

por Cláudia Reis, Publicado em 26 de Janeiro de 2011

A TAP não cumpriu a medida que determinava os cortes salariais na Função Pública e confirmou à TSF que os salários deste mês foram ainda pagos sem cortes.
Segundo uma fonte da TAP, contactada pela TSF, foram processados 14 mil vencimentos.
A transportadora aérea apenas vai efectuar os cortes no mês de Fevereiro e os funcionários vão ter de devolver o dinheiro que receberam a mais nos próximos meses.
Os sindicatos que representam os trabalhadores de terra da TAP deveriam conhecer hoje os cortes que serão feitos aos salários dos trabalhadores, no entanto, a reunião foi adiada à ultima hora.
O presidente da TAP, Fernando Pinto, justifica, nem email enviado aos funcionários, que o adiamento deveu-se ao facto de "ainda não estarem disponíveis elementos para a discussão".

http://www.ionline.pt/conteudo/100694-tap-contraria-ordem-das-financas-e-paga-salarios-deste-mes-sem-cortes

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Há 140 anos

É DE CHORAR A RIR...

Combustíveis descem um cêntimo, a primeira redução do anoTal como o Económico antecipou na última sexta-feira, as gasolineiras desceram os preços dos combustíveis.
A Galp cortou o preço do litro da gasolina e do gasóleo em 1 cêntimo, avançou fonte da empresa ao Económico. Nos postos da petrolífera nacional um litro de gasolina custa agora 1,523 euros, enquanto o gasóleo vale 1,338 euros o litro.
Contactada pelo Económico, a BP diz que vai diminuir os preços de ambos os combustíveis em um cêntimo, passando o gasóleo a custar a partir de amanhã 1,339 euros e a gasolina a valer 1,529 euros por litro.
"Na Cepsa não houve alterações", disse fonte oficial da petrolífera, mas até ao final da semana é previsível que os preços desçam.
O Económico contactou a Repsol para obter informação sobre a descida dos preços nos postos de abastecimento, mas até ao momento não foi possível obter resposta. No entanto, segundo os dados da Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG), a última actualização foi feita hoje e os preços rondam os 1,533 euros por litro para a gasolina e os 1,348 euros para o gasóleo.
Apesar destas descidas, os preços fixados actualmente são os mais elevados - quer da gasolina quer do gasóleo - desde o terceiro trimestre de 2008, altura em que o preço do petróleo atingiu máximos históricos, acima dos 147 dólares por barril.
Desde o início do ano, o preço do 'diesel' já subiu mais de seis cêntimos, enquanto a gasolina encareceu 3,5 cêntimos. O último relatório da Comissão Europeia mostra que Portugal tem dos combustíveis mais caros, antes e depois de impostos, entre os 27 Estados-Membros.

Corte nas compensações dos contratos a prazo afecta 250 mil pessoas por ano

Interesse na privatização da TAP reforçado de forma significativa

Interesse na TAP poderá determinar venda do grupo por áreas de negócio

TAP estuda corte de 30% do subsídio de férias dos pilotos

Hermínia Saraiva  
25/01/11 00:05
Os cortes, que serão transversais, mas diferentes consoante as classes profissionais, serão aplicados em Janeiro.
Os pilotos da TAP podem sofrer um corte de 30% no subsídio de férias. O Diário Económico apurou que esta é apenas uma das medidas que está a ser discutida entre a equipa de Fernando Pinto e os técnicos dos ministérios das Finanças e das Obras Públicas, como forma de cumprir o corte de 5% da massa salarial exigido pelo Orçamento do Estado de 2011 e pela resolução de Conselho de Ministros de 4 de Janeiro, que estipulam que o Sector Empresarial do Estado está obrigado às mesmas restrições salariais que a função pública.
O presidente da TAP deveria ter começado ontem uma maratona de reuniões com os sindicatos representativos dos trabalhadores da companhia aérea portuguesa, mas os encontros com o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) e com o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) foram adiados porque o presidente da TAP continua em reuniões com a tutela, soube o Diário Económico. "Fernando Pinto está a tentar ao máximo minimizar o impacto dos cortes nos salários", diz fonte próxima do processo ao Diário Económico. [CORTE_EDIMPRESSA]
http://economico.sapo.pt/noticias/tap-estuda-corte-de-30-do-subsidio-de-ferias-dos-pilotos_109480.html

Criar postos de trabalho em portugal

O ZÉ, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egypt),   
começou o  dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às  
7 da manhã.

 
Depois de um banho com sabonete (Made in France ) e enquanto o  café   
(importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in  Chech    
Republic ), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in  China ).

 
Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca  (Made in  
Singapore)   e  um relógio de bolso (Made in Switzerland).
 
Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA )  na sua torradeira

(Made in Germany ) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in  
Spain ),  pegou na máquina de calcular (Made in  Korea ) para ver  
quanto é que poderia  gastar nesse dia e consultou a Internet no seu  
computador (Made in  Thailand ) para ver as previsões meteorológicas.

 
Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India ),  ainda bebeu  
um sumo  de laranja (produced in Israel ), entrou no carro Saab (Made  
in Sweden )  e  continuou à procura de emprego.
 
Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através  

do  seu telemóvel (Made in Finland ) e, após comer uma pizza (Made in   
Italy ), o  Zé decidiu relaxar por uns instantes.
Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made   
in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou  

a TV  (Made in Indonesia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia  
encontrar  um emprego em PORTUGAL...
 
Talvez este mail devesse ser enviado aos consumidores portugueses.
 
Estima-se que se cada português consumir  150€ de  produtos nacionais,  

por ano, a economia cresce acima de todas as  estimativas e,  ainda  
por cima, cria postos de trabalho.

Salários RTP

 
E ainda se pensa que os Professores e os F.Públicos é que ganham bem...
 
Tratando-se a RTP de uma empresa pública, sustentada pelos nossos  
impostos, interessante era comparar tais salários com os praticados na  

SIC e TVI, empresas privadas.
 
Judite de Sousa (14.720 €), José Alberto de Carvalho (15.999 €) e José  
Rodrigues dos Santos (14.644 €), o dobro do que recebe o  
primeiro-ministro José Sócrates e muito mais que o Presidenteda  

República.
José Alberto Carvalho tem como vencimento ilíquido e sem contar com as  
ajudas de custos a quantia de 15.999 €/mês, como director de informação.
A directora-adjunta. Judite de Sousa, 14.720 €.
José Rodrigues dos Santos recebe como pivôt 14.644 €/mês.

O director-adjunto do Porto, Carlos Daniel aufere 10.188 € brutos,  
remunerações estas que não contemplam ajudas de custos, viaturas Audi  
de serviço e mais o cartão de combustíveis Frota Galp.
De salientar que o Presidente da República recebe mensalmente o  

salário ilíquido de 10.381 € e o primeiro-ministro José Sócrates  
recebe 7.786 €
 
Outros escândalos:-
 
Director de Programas, José Fragoso: 12.836 euros-
Directora de Produção, Maria José Nunes: 10.594 €-

Pivôt João Adelino Faria: 9.736 €
Director Financeiro, Teixeira de Bastos: 8.500€-
Director de Compras, Pedro Reis: 5.200€-
Director do Gabinete Institucional (?), Afonso Rato: 4.000€-
Paulo Dentinho, jornalista: 5.330€-

Rosa Veloso, jornalista: 3.984€-
Ana Gaivotas, relações públicas: 3.984€-
Rui Lagartinho, repórter: 2.530€-
Rui Lopes da Silva, jornalista: 1900€-
Isabel Damásio, jornalista: 2.450€-
Patrícia Galo, jornalista: 2.846€-

Maria João Gama, RTP Memória: 2.350€-
Ana Fischer, ex-directora do pessoal: 5.800€-
Margarida Neves de Sousa, jornalista: 2.393€-
Helder Conduto, jornalista: 4.000€-
Ana Ribeiro, jornalista: 2.950€-
Marisa Garrido, directora de pessoal: 7.300€-

Jacinto Godinho, jornalista: 4.100€-
Patrícia Lucas, jornalista: 2.100€-
Anabela Saint-Maurice: 2.800€-
Jaime Fernandes, assessor da direcção: 6.162€-
João Tomé de Carvalho, pivôt: 3.550€-
António Simas, director de meios: 6.200€-

Alexandre Simas, jornalista nos Açores: 4.800€-
António Esteves Martins, jornalista em Bruxelas: 2.986 € (sem ajudas)-
Margarida Metelo, jornalista: 3.200 €
 
ISTO É UM ESCÂNDALO!!!
 
Vencimentos justos: Directores: 5.000 € sem ajudas de custos

Pivôt: 3.500 € sem ajudas de custos
Jornalistas: Três escalões -
Escalão A: 3.000 €
Escalão B: 2.400 €
Escalão C: 1.900 €
 
Tanto mal dizem estes jornalistas dos Funcionários Públicos... queria 
dizer dos Trabalhadores em Funções Públicas...

OLHA A CRISE! ... FRESQUIIIIIINHA!...

Mais uma golpada - Jorge Viegas Vasconcelos despediu-se da ERSE
É uma golpada com muita classe, e os golpeados somos nós....
Era uma vez um senhor chamado Jorge Viegas Vasconcelos, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem, poucos devem saber para o que serve.
Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores. Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios.
Porém, com o senhor Vasconcelos não foi assim. Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês - ou seja, 2.400 contos - durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego. Aqui, quem me ouve ou lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo: «Mas você não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?». E eu respondo: «Pois disse. Ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!».
E você volta a questionar-me: «Então, porque fica o homem a receber os tais 2.400contos por mês, durante dois anos? Qual é, neste país, o trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?».
Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como já respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE». E que, «de acordo com artigo 28 dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos».
Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE forem mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público não se aplica.
Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. Com a benção avalizadora, é claro, dos nossos excelsos governantes.
Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de
uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados
baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis. Trata-se, em suma, de um desenfreado, e abusivo desavergonhado abocanhar do erário público. Mas, voltemos à nossa história.
O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros mensais, mais subsídio de férias,
subsídio de Natal e ajudas de custo. 18 mil euros seriam mais de 3.600 contos, ou seja, mais de 120 contos por dia, sem incluir os subsídios de férias e Natal e ajudas de custo. Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE? A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o
sector energético.
E pergunta você, que não é burro: «Mas para fazer cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?». Parece que não.
A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de serviço.
Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar somas astronómicas com os seus administradores. Aliás, antes da questão dos aumentos da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada ERSE? Até quando o povo português, cumprindo o seu papel de pachorrento bovino, aguentará tão pesada canga? E tão descarado gozo? Politicas à parte estou em crer que perante esta e outras, só falta mesmo manifestarmos a nossa total indignação.

Diário da República nº 28 – I série.

Diário da República nº 28 – I série- datado de 10 de Fevereiro de 2010
– RESOLUÇÃO da Assembleia da República nº 11/2010.

Poderão aceder através do site http://WWW.dre.pt

Algumas rubricas do orçamento da Assembleia da Republica
1 – Vencimento de Deputados ………………………12 milhões 349 mil Euros
2 – Ajudas de Custo de Deputados……………………2 milhões 724 mil Euros
3 – Transportes de Deputados ………………………3 milhões 869 mil Euros
4 – Deslocações e Estadas …………………………2 milhões 363 mil Euros
5 – Assistência Técnica (??) ………………………2 milhões 948 mil Euros
6 – Outros Trabalhos Especializados (??) ……………3 milhões 593 mil Euros
7 – RESTAURANTE,REFEITÓRIO,CAFETARIA…………..961 mil Euros
8 – Subvenções aos Grupos Parlamentares……………..970 mil Euros
9 – Equipamento de Informática …………………….2 milhões 110 mil Euros
10- Outros Investimentos (??) ……………………..2 milhões 420 mil Euros
11- Edificios ……………………………………2 milhões 686 mil Euros
12- Transfer’s (??) Diversos (??)………………….13 milhões 506 mil Euros
13- SUBVENÇÃO aos PARTIDOS na A. R. ………………16 milhões 977 mil Euros
14- SUBVENÇÕES CAMPANHAS ELEITORAIS ….73 milhões 798 mil Euros
NO TOTAL a DESPESA ORÇAMENTADA para o ANO de 2010, é :€ 191 405 356,61
(191 Milhões 405 mil 356 Euros e 61 cêntimos) – Ver Folha 372 do acima
identificado Diário da República nº 28 – 1ª Série -, de 10 de
Fevereiro de 2010.



 E depois pedem sacrifícios ao povo

Posto GNR Armação de Pêra vigiado pela Prosegur

SÓ FALTAVA ESTA ....  !

O Ministério de Administração Interna deste Governo manda instalar sistemas de segurança de empresas privadas para proteger instalações de forças policiais !!!


Isto passa-se em Portugal ; não numa República das Bananas !... mas na República dos Bananas!


NOTA:
Acto 1. Quando o Posto for alvo de intrusão, a Prosegur liga para GNR a comunicar a ocorrência: Allô!?? É da GNR ? Sim! (respondem do outro lado da linha);
Acto 2. É só para informar que o vosso posto está a ser assaltado.
Acto 3. Ah, muito obrigado, responde do Posto GNR. O agente que atendeu o telefonema da Prosegur vai informar: Meu comandante, recebemos um telefonema da Prosegur a dizer que o n/ posto está a ser assaltado.
Acto 4. Resposta do Comandante: Nosso Cabo, levante-se e vá ver o que se passa,... se for necessário chame os tipo da Prosegur
Acto 5. E nós contribuintes a pagar esta vergonha,...pelos vistos é prática corrente

 

Trindade Coelho - Um ilustre Português

José Trindade Coelho (1861-1908)
Escritor. Natural de Mogadouro, a sua obra reflecte a infância passada em Trás-os-Montes, num ambiente tradicionalista que ele fielmente retracta, embora sem intuitos moralizantes. O seu estilo natural, a simplicidade e candura de alguns dos seus personagens, fazem de Trindade Coelho um dos mestres do conto rústico português. Fiel a um ideário republicano, dedicou-se a uma intensa actividade pedagógica, na senda de João de Deus, tentando elucidar democraticamente o cidadão português.
De seu nome completo José Francisco Trindade Coelho, nasceu em Mogadouro, em 18.6.1861. Aí fez os primeiros estudos, nomeadamente na área de Latim, com o apoio de dois padres.  Daqui seguiu para o Porto, onde fez em colégio, os estudos secundários.  A terceira etapa era Coimbra, onde concluiu o curso de Direito.  Embora os pais fossem ricos (a Mãe morreu ainda ele era jovem) a verdade é que ele chumbou no 1.' ano do curso de Coimbra e o Pai cortou-lhe a mesada, pelo que Trindade Coelho teve que arranjar forma de ultrapassar as dificuldades.  Começou a dar explicações e a escrever em jornais.  Entretanto casou e apareceu um filho, facto que mais complicou a sua vida, enquanto estudante.  Chegou a ter um esgotamento.  E ele próprio escreveria do ambiente Coimbrão: "aquela vida em que estive metido e que nunca se deu comigo nem eu com ela, mas em que nunca me dei razão porque lha atribuía a ela e a mim uma inferioridade que mais pesava por ser sincera".  Nesse período escrevia nos jornais com o pseudónimo de Belistírio.  Também fundou, nessa época, duas publicações: Porta Férrea e Panorama Contemporâneo.  Após a conclusão do curso permaneceu em Coimbra, como advogado.  Mas a clientela era pouca e ele enveredou pela carreira administrativa.  Ingressa na magistratura e é colocado como Delegado do Procurador Régio, na comarca de Sabugal.  Sabe-se que para obter esse lugar, foi precisa a «cunha» de Camilo Castelo Branco, que admirava, literariamente Trindade Coelho.  Sabe-se que valeu a pena porque foi Trindade Coelho um magistrado de elevadíssima craveira moral.  Foi depois transferido para a comarca de Portalegre.  Aí fundou dois jornais: Gazeta de Portalegre e Comércio de Portalegre.  Entretanto granjeara fama e os políticos da época quiseram fazer dele um deputado.  Como não podia candidatar-se pelo círculo onde trabalhava, foi transferido para Ovar.  A última etapa profissional foi Lisboa, onde não teve tarefa fácil por causa do Ultimato Inglês, durante o qual ele teve que fiscalizar a imprensa da capital.  Desgostado com as críticas que lhe faziam transferiu-se para Sintra, em 1895.  Chegou a ir a África (Cabo Verde) defender 33 presos políticos.  Ao fim de 3 meses regressou vitorioso, porque conseguiu libertar os presos, prendendo os acusadores.  Continuou a escrever nos jornais: Portugal, Novidades, Repórter e fundou a Revista Nova, onde publicou os Folhetos para o Povo.  Era um homem inconformado.  Nem a fama de magistrado, nem o prestígio de escritor, nem a felicidade conjugal conseguiam fazer de Trindade Coelho um cidadão feliz. À medida em que avançava no tempo mais se desgostava com a vida, pelo que o desespero o levou ao suicídio em 9.6.1908. Deixou uma obra variada e profunda, distribuída por quatro vertentes.  Jornalismo, carácter jurídico, intervenção cívica e literária.  Além dos órgãos que criou, já citados, colaborou, com os pseudónimos de Belisário e José Coelho, em: O Progressista, o Imparcial, Tirocínio, Beira e Douro. Jornal da Manhã e Ditírio Ilustrado.  Algumas obras: Manual Político do Cidadão Português, o ABC do Povo, o Livro de Leitura.  A série Folhetos para o Povo, onde se incluem, entre outros: Parábola dos Sete Vimes, Rimas à Nossa Terra, Remédio contra a Usura, Laos à Cidade de Bragança, e Cartilha do Povo, A Minha candidatura por Mogadouro.  Como obras literárias deixou: Os Meus Amores (1891) e já inúmeras reedições e In Illo Tempore (livro de memórias de Coimbra-1902).  Em 1961 comemorou-se o primeiro centenário do seu nascimento.  E nessa altura publicou-se um volume: O Senhor Sete, onde se reuniram os seus disperses.  Há também a sua Autobiografia, por ele escrita, em 1902, - dirigida à sua tradutora alemã Louise Ey. Esta autobiografia, quase sempre aparece na parte final da edição de Os meus amores. 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Outros tempos ... outros modos....

Era oriundo de famílias aristocráticas e descendente de flamengos.
O pai deixou de lhe pagar os estudos e deserdou-o.
Trabalhou, dando lições de inglês para poder continuar o curso.
Formou-se em Direito.
Foi advogado, professor, escritor, político e deputado.
Foi também vereador da Câmara Municipal de Lisboa.
Foi reitor da Universidade de Coimbra.
Foi Procurador-Geral da República.
Passou cinquenta anos da sua vida a defender  uma sociedade mais justa.
Com 71 anos foi eleito Presidente da República.
Disse na tomada de posse: "Estou aqui para servir o país. Seria incapaz de alguma vez me servir dele..."
Recusou viver no Palácio de Belém, tendo escolhido uma modesta casa anexa a este.
Pagou a renda da residência oficial e todo mobiliário do seu bolso.
Recusou ajudas de custo, prescindiu do dinheiro para transportes, não quis secretário, nem protocolo e nem sequer Conselho de Estado.
Foi aconselhado a comprar um automóvel para as deslocações, mas fez questão de o pagar também do seu bolso.
Este SENHOR era Manuel de Arriaga
.................e foi o primeiro Presidente da República Portuguesa.

Economia - TAP: Governo não confirma venda a companhia do Qatar - RTP Noticias, Vídeo

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domingo, 23 de janeiro de 2011

Cavaco & BPN

Ficou parcialmente esclarecido o mistério da Aldeia da Coelha. E porque disse Cavaco Silva que talvez explicasse tudo depois de dia 23. Perguntava, há uns dias, com quem teria ele feito a misteriosa permuta de terrenos de que, coisa estranha, não se lembrava. Sabemos, mais uma vez através da Visão , que a permuta foi feita com Fernando Fantasia. Ou seja, o seu vizinho no aldeamento e um dos homens fortes do BPN - o mesmo que fez bons negócios em Alcochete com informação privilegiada sobre o que ali ia acontecer. Na realidade, não foi com Fantasia. Foi com com a Constralmada, uma construtora que pertencia a ele e à Opi, que, por sua vez, depois de pertencer também a Fantasia passou a ser detida pela SLN. Uma empresa que deu muito que falar na comissão de inquérito do BPN.

Se juntarmos a estas revelações a ligação do próprio empreendimento ao BPN, as ações da SLN que recebeu a preço de favor para vender a preço de mercado, os financiamentos à sua campanha anterior e a participação de vários homens do BPN na sua campanha atual percebemos facilmente que ou Cavaco Silva é perseguido pelos homens do BPN ou a sua relação foi sempre de uma enorme proximidade com esta gente. E isso é politicamente relevante.

Qual é exatamente o problema das relações de Cavaco Silva com o BPN/SLN? Não serão do foro criminal e, a haver alguma irregularidade, ela não está em nenhum dos factos divulgados. São quatro os problemas que se levantam. Todos políticos

1. A relação de Cavaco Silva com a verdade. Quando se trata do BPN, nunca esclarece, omite, esconde, baralha. Em todos os casos os esclarecimentos não vieram do próprio nem de fonte próxima de si. Vieram de investigações jornalísticas em que o próprio recusou dar qualquer colaboração.

2. A relação de Cavaco Silva com os homens que são responsáveis pela fraude do século em Portugal. Não são apenas seus antigos colaboradores. Não são apenas seus amigos ou vizinhos. São pessoas com quem manteve negócios, cumplicidades financeiras e políticas. Pessoas a quem pode dever favores. Tratando-se de um caso com a gravidade do BPN e de um chefe de Estado, isso é pelo menos inquietante.

3. A relação de Cavaco Silva com a gestão política do caso BPN. Não podemos esquecer que o Presidente da República apoiou uma nacionalização ruinosa que deixou de fora os ativos da SLN. A responsabilidade política primeira é do governo, é certo. Mas Cavaco participou. E é preocupante perceber que a sua ligação com os que criaram este buraco negro foi sempre tão próxima. Se a isto juntarmos o papel que teve na defesa da manutenção de Dias Loureiro no Conselho de Estado, para o qual o tinha nomeado, devemos mesmo ficar assustados.

4. A relação do BPN com o cavaquismo e com Cavaco. Que o Banco Português de Negócios era um banco de gente que tinha sido próxima do Presidente da República, todos sabíamos. Mas, até estas revelações, defendia-se que Cavaco apenas tinha sido o primeiro-ministro de um governo onde eles se encontraram. Hoje sabemos que não é apenas isso. Que Cavaco continuou a ser um elemento central junto daquelas pessoas. E que pode bem ter sido usado como um fator de credibilização dos negócios que faziam. Isso aconteceu contra a sua vontade? A regularidade com que manteve contactos comerciais e políticos com os homens do BPN, em benefício próprio, só deixa duas possibilidades: ou Cavaco percebeu o que se passava tão perto de si e perferiu ignorar o terreno perigoso que pisava ou é um de uma ingenuidade e cegueira preocupantes. Qualquer um dos casos é grave, tratando-se de um chefe de Estado.

Uma coisa é certa: Cavaco Silva não pode continuar a tratar os homens que podem vir a ser responsáveis por um rombo de quase cinco mil milhões de euros nos cofres públicos como gente que nada tem a ver com ele. Ou opta por esclarecer todas as relações financeiras e políticas que foi mantendo e continua a manter (Fernando Fantasia está na sua Comissão de Honra) com esta gente ou é legítimo suspeitarmos que ainda há mais por descobrir. Podem os seus apoiantes e o próprio gritar mil vezes que estamos perante uma campanha suja. As dúvidas não se dissipam com a sua indignação.

Publicado no Expresso Online

Mark Blyth: A austeridade é uma ideia perigosa

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Este país não é para corruptos

Em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer   
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ue Portugal é um país livre de corrupção sabe toda a gente que tenha lido a notícia da absolvição de Domingos Névoa. O tribunal deu como provado que o arguido tinha oferecido 200 mil euros para que um titular de cargo político lhe fizesse um favor, mas absolveu-o por considerar que o político não tinha os poderes necessários para responder ao pedido. Ou seja, foi oferecido um suborno, mas a um destinatário inadequado. E, para o tribunal, quem tenta corromper a pessoa errada não é corrupto- é só parvo. A sentença, infelizmente, não esclarece se o raciocínio é válido para outros crimes: se, por exemplo, quem tenta assassinar a pessoa errada não é assassino, mas apenas incompetente; ou se quem tenta assaltar o banco errado não é ladrão, mas sim distraído. Neste último caso a prática de irregularidades é extraordinariamente difícil, uma vez que mesmo quem assalta o banco certo só é ladrão se não for administrador.
O hipotético suborno de Domingos Névoa estava ferido de irregularidade, e por isso não podia aspirar a receber o nobre título de suborno. O que se passou foi, no fundo, uma ilegalidade ilegal. O que, surpreendentemente, é legal. Significa isto que, em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer. É preciso saber fazer as coisas bem feitas e seguir a tramitação apropriada. Não é acto que se pratique à balda, caso contrário o tribunal rejeita as pretensões do candidato. "Tenha paciência", dizem os juízes. "Tente outra vez. Isto não é corrupção que se apresente."

Ricardo Araújo Pereira
Boca do Inferno

ANA reduz salários e corta prémios dos trabalhadores

A ANA -- Aeroportos de Portugal está a informar os trabalhadores que vai aplicar os cortes salariais definidos pelo Governo, referindo que além da redução nos vencimentos também não serão distribuídos prémios.
Numa carta enviada aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, o presidente da ANA diz que a gestora dos aeroportos vai aplicar os cortes salariais definidos pelo Executivo.
«Este ano contamos ter de novo um bom desempenho. Mas, por razões de todos conhecidas, não só não poderemos, mais uma vez, distribuir prémios, como será também necessário efetuar a redução de salários nos moldes estabelecidos no Orçamento do Estado para este ano», escreve Guilhermino Rodrigues.
O presidente da ANA admite que esta pode ser “uma situação difícil de compreender”, mas sublinha que “neste momento o que está em causa é o interesse do país, que ultrapassa quaisquer considerações individuais quer possamos fazer”.
Os trabalhadores são também informados que há uma “paragem de contagem de tempo para efeitos de atribuição/acumulação” (diuturnidades e anuidades) e que não serão distribuídos prémios de desempenho ou outras prestações pecuniárias, como o prémio de assiduidade.
Está também proibida a “atribuição aos trabalhadores ou aos seus cônjuges, unidos de facto, ascendentes, descendentes ou pessoas com quem vivam em economia comum de quaisquer benefícios geradores de encargos”, designadamente subsídios ou ajudas de custo.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da ANA não fez comentários, remetendo a posição da empresa para a informação enviada aos trabalhadores.
Os cortes salariais anunciados pelo Governo para combater o défice do Estado vão de 3,5 por cento a 10 cento do salário e aplicam-se a quem ganhe mais de 1.500 euros por mês na administração pública e no Setor Empresarial do Estado, que integra, entre outras empresas, a ANA.
Diário Digital / Lusa

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cavaco ou a queda dum mito...

...é preciso nascer duas vezes....
 A REVISTA VISÃO de 13 de Janeiro traz uma belíssima reportagem sobre a Aldeia do Cavaquistão.
Na aldeia da Coelha, Algarve, Cavaco Silva tem por vizinhos Oliveira e Costa e Fernando Fantasia, para além de Catroga, seu ex-ministro das Finanças e outros correligionários ligados à SLN/BPN.. (sim, BPN).
Trata-se de um loteamento que nasceu e cresceu à sombra de muitas empresas e off-shores.
A escritura do lote do Presidente da República não se encontra no Registo Predial de Albufeira. A matriz não consta nem dos registos da Conservatória do Registo Predial de Albufeira, nem do cartório notarial (recentemente privatizado) daquela sede de concelho algarvio. O Presidente da República não se recorda nem da data nem do notário e local onde assinou a escritura.
Um dos promotores da urbanização, velho amigo e colaborador de Cavaco, diz que a propriedade foi adquirida "através duma permuta com um construtor civil".
O Lote 8 está registado em nome de Maria Yolanda Oliveira Costa, a ex-mulher do criador do BPN, Oliveira Costa. (Transmissão feita à mulher depois de ter rebentado o escândalo do BPN)
Carapeto Dias, assessor de Cavaco em S. Bento, quando ele era Primeiro Ministro, adquiriu com outros sócios, duas sociedades offshore que controlaram a empresa que promoveu a Urbanização da Coelha. As offshores tinham sede em Gibraltar.
Foi esse assessor que fez o convite a Cavaco para ele adquirir um lote, onde viria a construir a casa da Gaivota Azul.
Dois anos depois, o lote 8 era comprado por Oliveira e Costa. Segundo a investigação judicial ao BPN, o banqueiro terá pago a casa com verbas do próprio banco, via Banco Insular de Cabo Verde, ou seja, sem gastar nada de seu.
Desconhece-se o valor por que Cavaco Silva comprou o lote e a casa, por não se saber o paradeiro da escritura.
Outro vizinho de Cavaco: Catroga.
É preciso perguntar:
Na RTP Cavaco declarou-se um "mísero professor". Entre 1995 e 2005 não desempenhou cargos públicos e não entregou declaração no TC., As acções do BPN escapam, assim, ao crivo.
Não se sabe o valor por que foi transacionada a moradia da Coelha.
Cavaco não se lembra do valor, nem do notário, nem do local onde foi celebrada a escritura.( Que estranho para quem quer estar à frente dos destinos da NAÇÃO !)
Os vizinhos de Cavaco na aldeia da Coelha são, na sua esmagadora maioria, ex-administradores da SLN/BPN.
Agora, para quem apregoa e tanto preza uma imagem de rigor, credibilidade e transparência, estes factos deitam tudo por terra.
E é este cidadão que, segundo as sondagens, voltará a ser Presidente da República?
A imprensa não tem dado qualquer relevo a esta reportagem da Visão. Também é sintomático...

OS SUBSIDIOS DO ESTADO ÀS EMPRESAS PRIVADAS É SUPERIOR AOS CONCEDIDOS ÀS EMPRESAS PÚBLICAS

Uma das mensagens que este governo e os seus defensores nos media têm procurado fazer passar é que as empresas públicas são um "sorvedouro" de dinheiro para o Orçamento do Estado. No entanto, no período 2003-2007, portanto antes da crise, o apoio às empresas do sector privado foi bastante superior ao das empresas públicas como mostra o quadro seguinte, construído com dados constantes do Parecer do Tribunal de Contas sobre a CGE de 2007.

Tabela 4.

Entre 2003 e 2007, de acordo com o Tribunal de Contas, a despesa do Estado com apoios financeiros não reembolsáveis a empresas publicas somou 5.656 milhões de euros, mas a empresas privadas atingiu 6.694,3 milhões de euros, ou seja, mais de 1.000 milhões de euros do que a empresas públicas. E aos bancos e outros instituições financeiras esta despesa do Estado também não reembolsável alcançou 1.537,6 milhões de euros.

Por outro lado, em 2007, só em subsídios não reembolsáveis a empresas privadas o Estado despendeu 519,2 milhões de euros, enquanto os subsídios a empresas publicas somaram 402,2 milhões de euros (pág. 105 do Parecer do Tribunal de Contas). Por aqui se vê bem quem é o "sorvedouro" de dinheiros do Orçamento do Estado de que normalmente os media não falam.

Mesmo as indemnizações compensatórias a que as empresas públicas de transportes colectivos têm direito por prestarem à população um serviço a preços inferiores aos seus custos tem sido pagas por este governo "tarde e a más horas". No Parecer do Tribunal de Contas, na pág. 7, sobre esta questão lê-se o seguinte: "A titulo de exemplo, assinale-se que, apenas em 9 de Outubro de 2008, foi aprovada a Resolução do Conselho de Ministros que promove a distribuição das indemnizações compensatórias para 2008, pelas empresas prestadoras de serviço público, o que significa dez meses em que as empresas prestaram tais serviços, sem auferir as compensações a que têm direito. Estão neste caso as empresas do sector de transportes e comunicações"

E no seu Parecer, o Tribunal de Contas ainda acrescenta o seguinte: "Não pode, porém deixar de se salientar que os estrangulamentos causados pelo próprio Estado às suas empresas pela não disponibilização tempestiva das verbas que lhe são devidas …. vai, certamente, forçar a maior recurso ao endividamento bancário para acorrer a necessidades de tesouraria" (pág. 7), inevitavelmente com elevados custos financeiros para estas empresas. Mas estes pontos do Parecer do Tribunal de Contas foram ignorado por muitos jornais, naturalmente por não ser do agrado do poder politico e económico dominante na sua campanha contra as empresas publicas, campanha essa que é alimentada também por actos de má gestão dos homens colocados pelo governo nas administrações de muita empresas públicas, de que é exemplo o caso da promoção ao topo da carreira na CGD de Armando Vara, antigo secretário de Estado e ministro de um governo PS, que é actualmente administrador numa empresa concorrente da CGD, o MillenniumBCP.

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .