terça-feira, 2 de agosto de 2011

Não somos os EUA

Fomos pioneiros da globalização e misturámo-nos com os povos que fomos descobrindo; Os EUA servem-se da globalização para explorar (e não só...) os povos com quem vão tendo contacto.



Respeitamos todos os povos e honramos os nossos compromissos; os EUA honram (nem sempre) alguns dos seus compromissos e servem-se dos povos cujos governantes desrespeitam o seu próprio povo.



De facto:



Obama tem razão. Por uma vez - como escreve Manuel Ferrer:



"Os EUA não são a Grécia nem Portugal, diz ele! Realmente.

Nos EUA 1/5 dos negros estão na cadeia.

Nos EUA 50% da população não tem assistência médica e 25% nem consegue tratar-se em qualquer hospital

Nos EUA a dívida pública atingiu um valor impossível de ser pago em várias gerações e já ultrapassou as centenas de milhares de US$ por família.

Nos EUA condenam-se a prisão perpétua crianças de 12 anos, por roubo de uma bicicleta.

Nos EUA 6% da população sobrevive com uma refeição diária de comida enlatada ...para animais...

A Escola Pública é completamente inútil e caminha para a extinção.

Nos EUA há mais de 450 organizações policiais e o sistema judicial não é independente do poder executivo: É nomeado por ele!

Nos EUA as duas maiores indústrias são o armamento e a pornografia.

Nos EUA vende-se mais produtos para animais do que para bebés...

Nos EUA 1% da população controla e recebe cerca de 90% do PIB nacional

Nos EUA a produção de carne e de ovos utiliza legalmente promotores químicos de crescimento.

Nos EUA não há ordenado mínimo e o trabalho indiferenciado é pago a 4 euros/hora...

Os EUA estão envolvidos em dezenas de conflitos militares de carácter sujo e para levar a cabo golpes de estado favoráveis aos seus interesses e aos de Israel.

Os EUA angariam em todo o mundo os melhores cérebros para a sua indústria de armamento e obrigam os seus "aliados" a comprá-las...

Os EUA são o maior mercado mundial de drogas pesadas e um dos maiores produtores de anfetaminas e de outros químicos dopantes...

Os EUA imprimem papel-moeda e através de tratados com as suas colónias árabes transformaram o US$ no meio de pagamento internacional em substituição do ouro...

Obama tem toda a razão: Nada disto de passa em Portugal. Estamos muito atrasados e não sei se algum dia lá chegaremos...

Só um detalhe: os EUA estão completamente falidos e mais de 10% da população já vive em acampamentos sem saneamento ou serviços públicos básicos...

Nós não somos os EUA! Thanks God!"

We are NOT in the Moody`s

A presidente da Assembleia da República...

A presidente da Assembleia da República acaba de atribuir a Mota Amaral, na
qualidade de ex-presidente do Parlamento, um gabinete, uma secretária, um
BMW 320 e um motorista.

O despacho é assinado por Assunção Esteves e remete para o articulado que
regulamenta o funcionamento dos serviços da Assembleia da República, a Lei
de Organização e Funcionamento dos Serviços da Assembleia da República
(LOFAR), publicada em anexo à Lei n.º 28/2003, de 30 de Julho, e do n.º 8,
alínea a), do artigo 1.º da Resolução da Assembleia da República n.º
57/2004, de 6 de Agosto, alterada pela Resolução da Assembleia da República
n.º 12/2007, de 20 de Março.
O facto está a ser divulgado na Internet e está a ser apresentado como uma
prova de que a Assembleia da República não aplica a si mesma os cortes que,
na actual crise, o governo tem vindo a impor aos portugueses.


Transcreve-se o despacho em causa:

"Despacho n.º 1/XII -- Relativo à atribuição ao ex-Presidente da Assembleia
da República Mota Amaral de um gabinete próprio, com a afectação de uma
secretária e de um motorista do quadro de pessoal da Assembleia da
República.
Ao abrigo do disposto no artigo 13.º da Lei de Organização e Funcionamento
dos Serviços da Assembleia da República (LOFAR), publicada em anexo à Lei
n.º 28/2003, de 30 de Julho, e do n.º 8, alínea a), do artigo 1.º da
Resolução da Assembleia da República n.º 57/2004, de 6 de Agosto, alterada
pela Resolução da Assembleia da República n.º 12/2007, de 20 de Março,
determino o seguinte:
a) Atribuir ao Sr. Deputado João Bosco Mota Amaral, que foi Presidente da
Assembleia da República na IX Legislatura, gabinete próprio no andar nobre
do Palácio de São Bento;
b) Afectar a tal gabinete as salas n.º 5001, para o ex-Presidente da
Assembleia da República, e n.º 5003, para a sua secretária;
c) Destacar para o desempenho desta função a funcionária do quadro da
Assembleia da República, com a categoria de assessora parlamentar, Dr.a
Anabela Fernandes Simão;
d) Atribuir a viatura BMW, modelo 320, com a matrícula 86-GU-77, para uso
pessoal do ex-Presidente da Assembleia da República;
e) Encarregar da mesma viatura o funcionário do quadro de pessoal da
Assembleia da República, com a qualificação de motorista, Sr. João Jorge
Lopes Gueidão;
Palácio de São Bento, 21 de junho de 2011
A Presidente da Assembleia da República, Maria da Assunção Esteves.
Publicado
DAR II Série-E -- Número 1
24 de Junho de 2011"

http://www.rtp.pt/acores/index.php?article=22030&visual=3&layout=10&tm=10

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Tremendamente actual.....

EM 1661!!!!!!!!!!!
  
DIÁLOGO ENTRE COLBERT E MAZARINO DURANTE O REINADO DE LUíS XIV

Colbert
foi ministro de Estado e da economia do rei Luiz XIV.
Mazarino
era cardeal e estadista italiano que serviu como primeiro ministro na França. Notável coleccionador de arte e jóias, particularmente diamantes, deixou por herança os "diamantes Mazarino" para Luís XIV em 1661, alguns dos quais permanecem na coleção do museu do Louvre em Paris.
 
O diálogo:

 
Colbert
: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar (o contribuinte) já não é possível.
Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço...
 
Mazarino
: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão.
Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se...  Todos os Estados o fazem!
 
Colbert
: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo ? Contudo, precisamos de dinheiro.
E como é que havemos de o obter se já criamos todos os impostos imagináveis?
 
Mazarino
: Criam-se outros.
 
Colbert
: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
 
Mazarino
: Sim, é impossível.
 
Colbert
: E então os ricos?
 
Mazarino
: Sobre os ricos também não. Eles deixariam de gastar. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.




Colbert
: Então como havemos de fazer?
 
Mazarino
: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente situada entre os ricos e os pobres: São os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tiramos. É um reservatório inesgotável.

Uma explicação que faz todo o sentido.

Já há muito que este problema vem ganhando um enorme acuidade face à real perda de valor do dólar para continuar a ser o instrumento das trocas internacionais, particularmente no que respeita ao comércio do petróleo. Há quem argumente que este foi um dos principais motivos que levou os USA a fazerem a guerra do Iraque após Saddam Hussein ter reconvertido a sua reserva de divisas, de dólares para euros. Havia que impedir que o exemplo frutificasse. 
Desde os tempos de Nixon que se abandonou o encaixe ouro na emissão de dólares.
Isso tem permitido aos USA emitirem papel moeda ao desbarato, papel com o qual paga os seus déficites comerciais (não se esqueçam que a transferência de empresas para o exterior há muito que feriu de morte as capacidades produtivas do país e, como consequência, criou a necessidade de importar mais do que aquilo que se exporta).
Ao actuar assim, os USA transferem para o exterior as suas dívidas. O mundo inteiro, muito especialmente a China, tem segurado esta farsa comprando títulos de dívida americanos.
Actualmente a dívida externa americana deve rondar os 15 triliões de dólares, mas o sistema manter-se-á se não houver mais nenhum meio de pagamento que substitua o dólar.
Foi aqui que entrou o euro que, apesar de tudo, se manteve equilibrado durante certo tempo, até porque escorado em regras da EU que obrigam à convergência das economias que a constituem.
Ora, era aqui que os interesses americanos tinham que atacar, desarticulando o edifício que lhe podia fazer sombra, para que o dólar não perdesse esta função primordial de instrumento das trocas internacionais.
Admira-me, no entanto, que a China não actue de forma mais clara, porque tem muito a perder com a queda do dólar (não esquecer que tem na mão uma quantia gigantesca de títulos de dívida...em dólares). No entanto, a China, tem resistido às tentativas americanas de que revalorize o yuan.
Estas são as guerras dos grandes "players" ineternacionais: USA, China e Europa.
Nós não somos mais do que uma bolinha do jogo!

O QUE SÃO AGÊNCIAS DE RATING?

Todos os dias o Miguel, filho do dono da mercearia, rouba pastilhas elásticas ao pai para as vender aos colegas na escola.
Os colegas, cujos pais só lhes dão dinheiro para uma pastilha, não resistem e começam a consumir em média cinco pastilhas diárias, pagando uma e ficando a dever quatro.
Até que um dia, quando já todos devem bastante dinheiro ao Miguel, ele conversa com o Cabeças, - alcunha do matulão da escola, um tipo que já chumbou quatro vezes - e nomeia-o como a sua agência de rating.
Basicamente, cada vez que um miúdo quer ficar a dever mais uma pastilha ao Miguel, é o Cabeças que dá o aval, classificando a capacidade financeira de cada um dos putos com "A+", "A", "A-", "B"...e por aí fora.
A Ritinha, que já está com uma dívida muito grande e com um peso na consciência ainda maior, acaba por confessar aos pais que tem consumido mais pastilhas do que devia.
Os pais, percebendo que a Ritinha está endividada, estabelecem um plano de ajuda para que ela possa saldar a sua dívida, aumentando-lhe a semanada mas obrigando-a a prometer que não irá gastar mais enquanto não pagar a dívida contraída.
O Cabeças quando descobre isto, desce imediatamente o rating da Ritinha junto do Miguel que, por sua vez, passa a vender-lhe cada pastilha pelo dobro do preço. A Ritinha, já viciada em pastilhas, prolonga o pagamento da sua dívida, dividindo o Miguel o lucro daí obtido com o Cabeças que, sendo o mais forte, é respeitado por tod

China: agências de rating encobrem insolvência dos EUA

A agência de rating chinesa Dagong acusa as rivais norte-americanas (Standard&Poor¹s, Moody¹s e Fitch) de estarem a cometer o mesmo erro que levou à crise financeira mundial, em 2008, ao se recusarem a fazer um downgrade no rating dos EUA apesar do «estado de insolvência e das crescentes dificuldades do país em pagar a dívida» da maior economia mundial. 

Em declarações ao SOL, Chen Jialin, director-adjunto do departamento internacional da Dagong, refere que as três maiores agências mundiais de notação de crédito apenas lançaram os avisos recentes sobre a elevada dívida dos EUA devido «à pressão da opinião pública» e não por sua vontade.

A Standard&Poor¹s colocou o rating dos EUA em vigilância negativa o primeiro passo para uma eventual descida da notação ­ no mês passado, surpreendendo os investidores internacionais. Os EUA ainda mantêm a classificação máxima ­ AAA ­ junto da S&P, Moody¹s e Fitch, o que indica que o país tem uma hipótese quase nula de entrar em incumprimento junto dos credores.

Mau exemplo

Porém, a folha financeira dos EUA está longe de ser exemplar. O Estado tem um défice orçamental superior a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e uma dívida pública que ronda 100% do PIB, que cresce abaixo de 2%. O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o secretário do Tesouro, Timothy Geithner reiteraram esta semana que, se o tecto da dívida nos EUA não for aumentado pelo Congresso ­ de maioria republicana ­, o país corre o risco de entrar em incumprimento em Agosto.

Numa primeira fase, a Dagong fez um downgrade do rating dos EUA, do nível máximo, AAA, para AA, devido à inexistência de uma «solução credível» para a resolução do défice orçamental no longo prazo, que estava a levar o país para um «crise da dívida», adianta o responsável.

A decisão da Fed, o banco central norte-americano, de injectar mais de 600 mil milhões de dólares na economia através da emissão de moeda, em Novembro de 2010, reflectiu o «colapso do estado de solvência dos EUA e a deterioração da capacidade de pagar as suas dívidas», salienta a agência chinesa. Este evento levou a Dagong a fazer um novo corte na notação dos EUA, para A+. Jialin lembra que nem a deterioração económica dos EUA levou as três agências norte-americanas a alterarem a classificação, acrescentando que «o silêncio tornou-se a opção unânime entre elas».

«O rating da dívida pública norte-americana é o segundo teste para as três maiores agênciasg. No primeiro, os seus erros morais e de actuação provocaram a crise de crédito global», diz Chen Jialin
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