quinta-feira, 14 de julho de 2011

Uma explicação que faz todo o sentido.

Já há muito que este problema vem ganhando um enorme acuidade face à real perda de valor do dólar para continuar a ser o instrumento das trocas internacionais, particularmente no que respeita ao comércio do petróleo. Há quem argumente que este foi um dos principais motivos que levou os USA a fazerem a guerra do Iraque após Saddam Hussein ter reconvertido a sua reserva de divisas, de dólares para euros. Havia que impedir que o exemplo frutificasse. 
Desde os tempos de Nixon que se abandonou o encaixe ouro na emissão de dólares.
Isso tem permitido aos USA emitirem papel moeda ao desbarato, papel com o qual paga os seus déficites comerciais (não se esqueçam que a transferência de empresas para o exterior há muito que feriu de morte as capacidades produtivas do país e, como consequência, criou a necessidade de importar mais do que aquilo que se exporta).
Ao actuar assim, os USA transferem para o exterior as suas dívidas. O mundo inteiro, muito especialmente a China, tem segurado esta farsa comprando títulos de dívida americanos.
Actualmente a dívida externa americana deve rondar os 15 triliões de dólares, mas o sistema manter-se-á se não houver mais nenhum meio de pagamento que substitua o dólar.
Foi aqui que entrou o euro que, apesar de tudo, se manteve equilibrado durante certo tempo, até porque escorado em regras da EU que obrigam à convergência das economias que a constituem.
Ora, era aqui que os interesses americanos tinham que atacar, desarticulando o edifício que lhe podia fazer sombra, para que o dólar não perdesse esta função primordial de instrumento das trocas internacionais.
Admira-me, no entanto, que a China não actue de forma mais clara, porque tem muito a perder com a queda do dólar (não esquecer que tem na mão uma quantia gigantesca de títulos de dívida...em dólares). No entanto, a China, tem resistido às tentativas americanas de que revalorize o yuan.
Estas são as guerras dos grandes "players" ineternacionais: USA, China e Europa.
Nós não somos mais do que uma bolinha do jogo!

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